Saturday, September 14, 2019

Doga, dog dancing com o PAN


On the other hand, rising connectivities between pet animals (animate and inanimate) and humans are happening in the context of eroding human-human connectivities, as evidenced in the dissolution of social welfare programs, affordable housing, and living wages, all of which are producing a widening gap between the rich and poorand are induced largely by neoliberal imperatives. Given the many diverse circuits of pet animal productivitiesfrom breeders to corporate sponsorships and investments to widespread ‘organic’ community organizing to egghead interestsit is unsurprising that pet-animal DAL is today so popular, salient, and intense. ( aqui)


A flecha  é, como sempre na inspiração marxista, demasiado centrada na questão económica e de classe, mas não fica muito longe  do alvo. Já lá vamos, mas para já examine-se a conexão neoliberalismo - pet mania.
A ideia é a indústria pet-mania como um subproduto da alienação social. Assim  como o futebol e a religião eram o ópio do povo. Interessa-me mais examinar o discurso de organizações que a autora crisma de orgânicas ( pobre Gramsci... se soubesse como seu conceito é tratado abaixo  de ...cão) ou até políticas como o nosso PAN.
Nos incêndios em que morreram 116 pessoas e milhares de animais e plantas não vimos  uma alma do PAN, uma iniciativa do PAN, nada, népias. Poderão estranhar se forem distraídos pela sigla Pessoas, Animais e Natureza. Se forem atentos compreendem que animais e natureza está lá como penduricalho: os únicos animais que contam são os humanos e as suas necessidades. Uma vaca que só existe para dar leite é tão importante para o PAN como uma pulga para um cão.
O neoliberalismo trazido pela autora do artigo só se compreende à luz do velho axioma: quando já temos tudo assegurado, quando  não conseguimos tolerar a frustração, viramo-nos para  a contínua satisfação das nossas necessidades secundárias. Uma comandita de gente resolveu projectar nos animais as suas neuroses. Podia ser pior, podia ser nos humanos.

 O que nos leva ao pequeno desvio da flecha. A autora entende que o narcisismo da pet mania  só existe como consequência do consumismo desenfreado. Talvez lhe escape que o mesmo consumismo produz relações com os animais exclusivamente  baseadas no garfo e faca ( os famosos hamburgeres ou a especulação com o atum por ex).A infelicidade  humana encontra sempre uma maneira de se exprimir. 
Já a reacção de superioridade da pet mania não tem nada de especial. Se entendem que os que tratam os animais apenas como animais são atrofiados ( stunted), apenas cumprem o mandamento de qualquer seita, política ou religiosa: se não és como eu tens de ser reeducado:


 Within the gamut of most economically powerful nations, the U.S. alone has the greatest percentage of its population in prison (most prisoners being poor andpersons of color), the highest crime rates, the most gun-related deaths, the lowest literacy rate, the highest levels of racial segregation, and the highest levels of infant mortality among the poor. At the same time, it is in the vangard of pet-care and commodity-pet-love. It has commodified pet-love into all walks of U.S. life such that humans who live without pets or who treat their pets as a species apart are seen as anomalous and somehow emotionally, psychologically, or morally stunted.

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