Ora bem:
Pois será, mas não foi e é pena porque poderíamos ter percebido o que é o racismo bom.
No antigo regime gabavam-se da diferença para o apartheid e para os ingleses. Era a época do lusotropicalismo e renegava-se o racismo: apenas se assumia o paternalismo diante do negro infantil e cheio de potencialidades.
Esta coisa da igualdade racial não se prega, faz-se:
Os media são muito amigos da luta contra o racismo e a exclusão, das quotas raciais etc.: o Público já teve algum director de informação negro? E o DN, a SIC, a RTP a TVi? Não. Que estranho. Não empregam negros? Se sim, só os empregam para estafetas?
Mais estranho ainda: até à data, o único deputado negro na AR foi este, do CDS. Pergunta óbvia: o Bloco, nos seus 20 anos de existência, nunca conseguiu encontrar um cidadão negro para a nobre função de deputado? Já o PCP é ainda mais estranho: tem a câmara do Seixal, onde existe , por ex, o bairro da Jamaica, desde o 25 de Abril, mas digam-me lá: alguma vez conheceram um presidente negro ao PCP? E esta lista tão branca? É racismo do de lei ou, por incrivel coincidencia cósmica, não existe um único negro no Seixal com capacidade política?
Ora bem de novo. Se os cavaleiros do anti-racismo se portam desta maneira, mais uma incómoda pergunta tem de ser feita: em nome de quem, e com que autoridade moral ou política defendem eles as vítimas do racismo?
Depois do massacre da UPA, em Angola, em 1961, o regime tentou a integração nos quadros administrativos. Os negros locais eram os Mandiocas, os rapazes da metrópole eram os Doutores. Sem censos também.
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